Enfoque na educação socioemocional contribui para o desenvolvimento integral dos estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental. Saiba mais!
Não é raro escutarmos histórias de alunos que tiravam notas excelentes na escola, mas que ao mesmo tempo tinham dificuldades em se relacionar com seus pares. Ou de pessoas que estudavam muito, mas, na hora da prova, eram atrapalhadas pelo nervosismo. Quando pensamos nesses casos, muitas vezes nos perguntamos: o que pode estar envolvido nessas situações?
Há anos, essa questão também vem sendo analisada por estudiosos de diversos campos, como educação e psicologia, e hoje sabe-se que grande parte da resposta recai principalmente sobre as habilidades socioemocionais. Existem diversas teorias e estudos acerca do que, de fato, seriam essas habilidades. O principal modelo de organização das habilidades socioemocionais, e também o mais utilizado na literatura, é o Big Five (em português, algo como “os cinco grandes”), que foi desenvolvido pelo psicólogo estadunidense Gordon Allport e equipe.
De acordo com os autores, os traços de personalidade podem ser agrupados em um conjunto de cinco fatores: abertura a novas experiências, autodisciplina, extroversão, amabilidade e estabilidade emocional. E são tão importantes quanto as cognitivas (avaliadas pelo conhecimento acadêmico), visto que melhoram o aprendizado e o desempenho sob condições desafiadoras.
A partir desse raciocínio inicial, abre-se um leque de habilidades indispensáveis ao trabalho da inteligência emocional para os novos desafios do século XXI, das quais selecionamos seis para falar especificamente dos anos finais do Ensino Fundamental: criatividade, comunicação, proatividade, pensamento crítico e perseverança.
Você deve estar se perguntando: mas por que essas habilidades específicas? Um dos motivos é que nesse segmento da vida escolar, os alunos são apresentados a diferentes disciplinas e professores, iniciando um novo processo de cobrança em relação ao estudo formal e à sua comunidade. Em paralelo, vivenciam um momento repleto de transformações, marcado pelo início da adolescência.
Nesse contexto, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais se torna ainda mais indispensável, facilitando o desenvolvimento de relações interpessoais. Prevalece, assim, a ideia de que o atributo principal para uma vida escolar saudável e produtiva não é apenas ter acesso aos conteúdos de maneira didática e interessante, mas saber o que fazer com tais conteúdos, além de se relacionar consigo e com os outros da melhor maneira possível.
No programa LIV, desenvolvido junto a escolas de todo o Brasil, o currículo das turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental conta com atividades que promovem o desenvolvimento de habilidades socioemocionais baseadas nos fatores descritos pelo Big Five e que já mencionamos acima.
Utilizamos o conceito de hábito. A ideia é que, dada uma situação, os alunos criem a rotina de agir de determinada forma. Nesse ponto, a fonte é o escritor Charles Duhigg, que estudou o poder dos hábitos e reflete o seguinte:
“Alguns hábitos têm o poder de iniciar uma reação em cadeia, mudando outros hábitos conforme eles avançam através de uma organização. Esses são os chamados hábitos angulares e eles podem influenciar o modo como as pessoas trabalham, comem, se divertem, vivem, gastam e se comunicam. Os hábitos angulares dão início a um processo que, ao longo do tempo, transforma tudo”.
Dessa maneira, cada uma das habilidades é associada a três hábitos, que são ensinados nesses anos finais do Ensino Fundamental e possuem um nome metafórico, para facilitar o entendimento do aluno.
Mais do que pensar conceitualmente as habilidades socioemocionais e os hábitos, é preciso traduzi-los de uma maneira que faça sentido para os adolescentes. Na proposta do programa LIV, por exemplo, as aulas se dividem em projetos colaborativos, dinâmicas e séries audiovisuais. Essa diversidade de recursos é pensada para aumentar o engajamento dos alunos e favorecer ainda mais o desenvolvimento das habilidades socioemocionais.
Nos projetos colaborativos, o objetivo é trabalhar as habilidades por meio de projetos desenvolvidos em grupos. A ideia é que o aluno aplique, na prática, as habilidades socioemocionais abordadas ao longo das aulas.
As dinâmicas fazem parte da psicologia social e estão relacionadas às forças em ação no contexto de um grupo. São atividades interativas seguidas de uma reflexão – fator que tem tanta importância quanto a atividade em si.
As séries audiovisuais, por sua vez, são o grande sucesso do programa nesse segmento. Desenvolvidas exclusivamente para o LIV, trazem temáticas importantes a serem discutidas em sala de aula. O objetivo é, a partir da conexão com as histórias, abordar o socioemocional de maneira mais significativa.
E não acaba por aí! Para o 9° ano, em que o aluno enfrenta o desafio de ingressar no Ensino Médio no ano seguinte, temos o E Agora?, um material com propostas de atividades específicas para auxiliar os alunos nesse momento de transição e na realização de escolhas importantes para o futuro.
Veja como o programa do LIV prepara os alunos de acordo com esse momento de vida, no infográfico: “A educação socioemocional dos adolescentes e o papel da escola“!